domingo, 25 de setembro de 2011

LEIA SOBRE A NOVA ORTOGRAFIA!!!!

(Conteúdo retirado do Novo Manual Da Ortografia – Nova Escola)

ACORDO ORTOGRÁFICO
A adopção de uma única ortografia entre países de língua
portuguesa pode ser óptima.” Se este texto fosse escrito em Portugal,
a frase anterior estaria corretíssima. Já no Brasil, a letra p (nas
palavras adopção e óptima) está sobrando e parece um erro de
digitação – apesar de todos sabermos que se trata do mesmo idioma.
Do ponto de vista da ortografia, existem diferenças bastante
relevantes na língua portuguesa. E não apenas entre os dois países.
Nas outras seis nações que falam e escrevem o português (Angola,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste) ocorre o mesmo.
Para acabar com essas diferenças, foi criado, em 1990, um acordo
ortográfico – que deve vigorar no Brasil a partir do ano que vem
(saiba mais sobre os próximos passos da implementação do acordo
no quadro da página 7). “A existência de duas grafias oficiais
acarreta problemas na redação de documentos em tratados internacionais
e na publicação de obras de interesse público”, defendia
o filólogo Antônio Houaiss, o principal responsável pelo processo
de unificação aqui no Brasil.
Originalmente, o combinado era que todos os membros da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deveriam ratificar
o acordo para que ele tivesse valor. Em 2004, porém, os chefes
de Estado da CPLP decidiram que bastava a aprovação de três
nações para a reforma ortográfica entrar em vigor. O Brasil, no entanto,
definiu que mudaria o jeito de escrever somente se Portugal
também o fizesse (e o “sim” de Lisboa às novas normas só veio no
ano passado). É importante ressaltar que a pronúncia, o vocabulá-
rio e a sintaxe permanecem exatamente como estão. A novidade
é a unificação da grafia de algumas palavras.
Língua internacional
Daqui para a frente, a língua portuguesa (comum aos países lusófonos)
tem tudo para ganhar espaço – até mesmo em fóruns internacionais
–, pois o intercâmbio de informações e textos ficará mais
fácil. Unificar a grafia também visa aproximar as oito nações da
CPLP, reduzir custos de produção e adaptação de livros e facilitar
a difusão bibliográfica de novas tecnologias, bem como simplificar
algumas regras (que suscitam dúvidas até entre especialistas).
Do ponto de vista prático, ganha força o idioma falado no Brasil.
Isso porque os portugueses terão de promover mais mudanças na
escrita do que nós, adaptando várias palavras à grafia brasileira.
Por exemplo, acção passa a ser ação. E cai também o h inicial de
herva e húmido (confira as alterações a partir da página 8).
O português é a única língua com dois cânones oficiais ortográficos,
um europeu e outro brasileiro, e isso não só dificulta nossa
vida lá fora como também a dos estrangeiros que querem aprendêlo.
“Inscreve-se, finalmente, a língua portuguesa no rol daquelas
que conseguiram beneficiar-se há mais tempo da unificação de seu
sistema de grafar, numa demonstração de consciência da política
do idioma e de maturidade na defesa, na difusão e na ilustração da
língua da lusofonia”, afirma Cícero Sandroni, presidente da Academia
Brasileira de Letras (ABL).
Além da unificação da grafia, o acordo propõe simplificar o idioma,
no mesmo espírito do que ocorreu na década de 1910, quando
uma reforma semelhante alterou o modo de escrever palavras
como pharmacia e christallino (para farmácia e cristalino, sem
o ph, o ch e o ll). Na época, porém, as mudanças foram encabeçadas
por Portugal, que não consultou o Brasil e acabou aprofundando
algumas diferenças ortográficas.
O acordo prevê simplificações (como o fim do trema), mas tem
inúmeros pontos obscuros, que só serão esclarecidos com o lançamento
de gramáticas atualizadas e um novo Vocabulário Ortográfico
oficial (tarefa a cargo da Academia Brasileira de Letras). O
professor Pasquale Cipro Neto é um dos que se manifestaram contra
o documento. “Ele não se limita a uniformizar a grafia: estabelece
outras alterações no sistema ortográfico, várias delas para pior.”
Tempo de adaptação
Aqui no Brasil, a última grande reforma do idioma foi realizada em
1971, a fim de aproximar mais nosso jeito de escrever do de Portugal.
Desde então foi abolido o acento diferencial em alguns vocábulos,
bem como o acento grave ou circunflexo nas palavras
derivadas de outras acentuadas – mais de dois terços dos acentos
que causavam divergências foram suprimidos. Nessa mesma época
os substantivos acôrdo e govêrno viraram acordo e governo
(perderam o circunflexo que os diferenciava das formas verbais eu
acordo e eu governo, que eram e continuam sendo pronunciadas
de forma diferente). Outras palavras, como somente, propriamente,
rapidamente, cortesmente, sozinho, cafezinho e
cafezal, também deixaram de ser acentuadas. Naquela ocasião,
muitas pessoas estranharam a alteração (sem falar que diversos materiais
impressos, como livros, levaram um bom tempo até ter novas
edições com o jeito certo de escrever). Até hoje, aliás, ainda há quem
escreva êle, com o circunflexo extinto no início dos anos 1970.
Nas próximas páginas, você vai conhecer (de forma simplificada)
as mudanças trazidas pelo acordo, com exemplos de grafias atuais
e de como vamos passar a escrever. São regras bastante fáceis,
mas que precisam ser bem compreendidas para ser usadas corretamente
em textos produzidos no papel ou na tela do computador.
Guarde este manual e consulte-o sempre que necessário.

ACENTO AGUDO
O acento agudo desaparece das palavras da língua portuguesa em
três casos, como se pode ver a seguir:

1. nos ditongos (encontro de duas vogais proferidas em uma só sílaba)
abertos ei e oi das palavras paroxítonas (aquelas cuja sílaba pronunciada
com mais intensidade é a penúltima).
COMO é hoje / COMO VAI FICAR
assembléia                assembleia
heróico                         heroico
idéia                             ideia
jibóia                             jibóia

no entanto, as oxítonas (palavras com acento na última sílaba)
e os monossílabos tônicos terminados em éi, éu e ói continuam com
o acento (no singular e/ou no plural). Exemplos: herói(s), ilhéu(s),
chapéu(s), anéis, dói, céu.

2. nas palavras paroxítonas com i e u tônicos que formam hiato (seqüência
de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes) com a
vogal anterior quando esta faz parte de um ditongo;
COMO é hoje / como vai ficar
baiúca                         baiuca
boiúna                      boiuna
feiúra                          feiúra

3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com o u tônico
precedido das letras g ou q e seguido de e ou i. Esses casos são
pouco freqüentes na língua portuguesa: apenas nas formas verbais de
argüir e redargüir.
COMO é hoje/ como vai ficar
argúis        arguis
argúem         arguem
redargúis         redarguis
redargúem         redarguem

no entanto, as letras i e u continuam a ser acentuadas se
formarem hiato mas estiverem sozinhas na sílaba ou seguidas de s.
Exemplos: baú, baús, saída.
No caso das palavras oxítonas, nas mesmas condições descritas
no item anterior, o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, Piauí.
ACENTO DIFERENCIAL
O acento diferencial é utilizado para permitir a identificação mais fácil
de palavras homófonas, ou seja, que têm a mesma pronúncia. Atualmente,
usamos o acento diferencial – agudo ou circunflexo – em vocábulos
como pára (forma verbal), a fim de não confundir com para
(a preposição), entre vários outros exemplos.
Com a entrada em vigor do acordo, o acento diferencial não será
mais usado nesse caso e também nos que estão a seguir:
l péla (do verbo pelar) e pela (a união da preposição com o artigo);
l pólo (o substantivo) e polo (a união antiga e popular de por e lo);
l pélo (do verbo pelar) e pêlo (o substantivo);
l pêra (o substantivo) e péra (o substantivo arcaico que significa pedra),
em oposição a pera (a preposição arcaica que significa para).
no entanto, duas palavras obrigatoriamente continuarão recebendo
o acento diferencial:
l pôr (verbo) mantém o circunflexo para que não seja confundido
com a preposição por;
l pôde (o verbo conjugado no passado) também mantém o circunflexo
para que não haja confusão com pode (o mesmo verbo
conjugado no presente).
Observação: já em fôrma/forma, o acento é facultativo

ACENTO CIRCUNFLEXO
Com o acordo ortográfico, o acento circunflexo não será mais usado
nas palavras terminadas em oo.
COMO é hoje / COMO VAI FICAR
enjôo                                 enjoo
vôo                                       voo
abençôo                        abençoo
corôo                                   coroo
magôo                          magoo
perdôo                              perdôo

Da mesma forma, deixa de ser usado o circunflexo na conjugação
da terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo
dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados
COMO é hoje / como vai ficar
crêem                            creem
dêem                           deem
lêem                                  leem
vêem                            veem
descrêem                     descreem
relêem                         releem
revêem                            revêem
no entanto, nada muda na acentuação dos verbos ter, vir
e seus derivados. Eles continuam com o acento circunflexo no plural
(eles têm, eles vêm) e, no caso dos derivados, com o acento
agudo nas formas que possuem mais de uma sílaba no singular
(ele detém, ele intervém).

UM SINAL A MENOS
O trema, sinal gráfico de dois pontos usado em cima do u para indicar
que essa letra, nos grupos que, qui, gue e gui, é pronunciada, será
abolido. É simples assim: ele deixa de existir na língua portuguesa. Vale
lembrar, porém, que a pronúncia continua a mesma.
COMO é hoje COMO VAI FICAR
agüentar aguentar
eloqüente eloquente
freqüente frequente
lingüiça linguiça
sagüi sagui
seqüestro sequestro
tranqüilo
anhangüera anhanguera
tranquilo
no entanto, o acordo prevê que o trema seja mantido em nomes
próprios de origem estrangeira, bem como em seus derivados.
Exemplos: Bündchen, Müller, mülleriano.

NOVAS LETRAS
O acordo prevê que nosso alfabeto passe a ter 26 letras – hoje são 23.
Além das atuais, serão oficialmente incorporadas as letras k, w e y.
No entanto, seu emprego fica restrito a apenas alguns casos, como já
ocorre atualmente. Confira os principais exemplos:
l em nomes próprios de pessoas e seus derivados;
Exemplos: Franklin, frankliniano, Darwin, darwinismo, Wagner,
wagneriano, Taylor, taylorista, Byron, byroniano.
l em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e seus
derivados;
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano, Washington, Yokohama, Kiev.
l em símbolos, abreviaturas, siglas e palavras adotadas como unidades
de medida internacionais;
Exemplos: km (quilômetro), KLM (companhia aérea), K (potássio),
W (watt), www (sigla de world wide web, expressão que é sinônimo
para a rede mundial de computadores).
l em palavras estrangeiras incorporadas à língua.
Exemplo: sexy, show, download, megabyte.

HÍFEN
Palavras compostas:
O hífen deixa de ser empregado nas seguintes situações:
l quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
com as consoantes s ou r. Nesse caso, a consoante obrigatoriamente
passa a ser duplicada;
l quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
com uma vogal diferente.
COMO É HOJE / COMO VAI FICAR
anti-religioso antirreligioso
anti-semita antissemita
auto-aprendizagem autoaprendizagem
auto-estrada autoestrada
contra-regra contrarregra
contra-senha contrassenha
extra-escolar extraescolar
extra-regulamentação extrarregulamentação
no entanto, o hífen permanece quando o prefixo termina com
r (hiper, inter e super) e a primeira letra do segundo elemento também
é r. Exemplos: hiper-requintado, super-resistente.


OBSERVAÇÃO: GALERA, AINDA EXISTEM OUTROS PONTOS A CERCA DA NOVA ORTOGRAFIA, RELACIONADO AO HÍFEN, ANEXAREI EM OUTRO MOMENTO.           NÃO SE PREOCUPEM, AQUI NO BRASIL HOUVE MUDANÇAS, PORÉM EM PORTUGAL HOUVE MUITOS VERBETES A MAIS, A DIFICULDADE NOSSA É SÓ ATÉ NOS ACOSTUMAR...
PROFESSORA KATIA
voo
Kuwait
km
autoestrada
eidxaetioa
coletivo
tranquilo
feiura
enjoo
pera
pela

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